Luiz Rômulo Guidugli Filho falou sobre as adequações que o laboratório passou para atuar no escopo da nova tecnologia
O conselheiro da Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade (Abrac) e gerente de Soluções do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), Luiz Rômulo Guidugli Filho, concedeu entrevista à entidade para falar sobre as adequações que o laboratório passou para atuar no escopo do 5G.
Criado em 1976 como Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Telebrás, com a missão de dar suporte às políticas públicas na área de telecomunicações, é um dos maiores centros de pesquisa e desenvolvimento da América Latina. Com foco em inovação e em tecnologias da informação e comunicação, o CPQD mantém um portfólio abrangente de soluções que são utilizadas nos mais diversos segmentos de mercado.
“Além dos ensaios em equipamentos portáteis, o CPQD está se estruturando para a realização dos ensaios em transceptores para estação rádio base (gNodeB) e também em elementos de redes abertas e desagregadas, tais como, equipamentos e soluções Open RAN. Desta forma, esperamos oferecer serviços e soluções alinhados às tendências tecnológicas atreladas aos novos conceitos de redes de comunicação móveis”, declarou Guidugli.
Leia a entrevista na íntegra:
Abrac – Como o CPQD se adaptou para atuar no escopo do 5G?
Luiz Rômulo Guidugli Filho – O CPQD, sempre antenado diante das evoluções tecnológicas, tem acompanhado de perto, desde o seu início, os trabalhos das especificações da nova geração de redes de comunicações móveis (5G) e os benefícios que trarão para seus usuários, principalmente no âmbito de novos serviços. Desta forma, alinhado com o seu propósito de levar progresso e bem-estar para a sociedade, tomou a iniciativa de aportar investimentos nas áreas de pesquisa e desenvolvimento, assim como na área de ensaios e certificação com o objetivo de se tornar uma opção confiável e ágil para o mercado, em especial para os fabricantes de equipamentos e soluções que buscam a certificação de seus produtos visando atender os requisitos regulatórios.
Abrac – Quais mudanças e inovações foram necessárias para que pudessem atuar com a nova tecnologia?
Luiz Rômulo Guidugli Filho – Investimentos em infraestrutura, automação e capacitação das equipes, além de promover a integração dos ambientes de ensaios em um único local, revitalizado e moderno, com o intuito de prover uma maior disponibilidade de agenda e agilidade nas entregas.
Abrac – Foi necessário realizar capacitação dos colaboradores? Em caso positivo, pode nos contar um pouco sobre?
Luiz Rômulo Guidugli Filho – Sim, realizamos treinamentos teórico e prático ministrados por especialistas e também pelo parceiro da plataforma de ensaios adquirida.
Abrac – Quais são os principais ensaios que os aparelhos 5G precisam passar e com qual objetivo cada um é feito?
Luiz Rômulo Guidugli Filho – As duas principais categorias de ensaios requeridos são:
– Ensaios Funcionais, necessários para avaliar os limites de potência, emissões espúrias, emissões fora da faixa e condições de uso do espectro (canalização).
– Ensaios de Segurança, que tem como objetivo avaliar as condições de proteção elétrica, compatibilidade eletromagnética e a exposição humana a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos associados à operação de equipamentos de comunicação sem fio, tais como, celulares, tablets, etc.
Abrac – Qual a importância dos laboratórios e certificadoras se adaptarem para atuar com o 5G?
Luiz Rômulo Guidugli Filho – A participação dos laboratórios e OCDs no processo de avaliação da conformidade de produtos com tecnologia 5G estabelecido pela Anatel, proporciona o acesso dos consumidores a produtos diversificados, com qualidade e regularidade, adequados à natureza dos serviços e aplicações aos quais os produtos se destinam, pois garantem o atendimento aos requisitos funcionais, de segurança, de compatibilidade eletromagnética, de proteção ao espectro radioelétrico e de não agressão ao meio ambiente.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Abrac