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Abrac realiza reuniões para alinhar o Planejamento Estratégico 2024-2027

No último dia 18 de abril, a Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade (Abrac) deu início aos trabalhos do seu Planejamento Estratégico, em Itapecerica da Serra (SP). Na ocasião, foram realizadas palestras com o diretor-geral da CERTIF-Associação para a Certificação, Francisco Barroca; com a gerente de Estratégia e Competitividade da CNI, Maria Carolina Correia Marques; e com a chefe da Divisão de Desenvolvimento de Programas de Acreditação, Andrea Melo.

Participaram, presencialmente, o superintendente, Masao Ito; os vice-presidentes de Relações Institucionais, Alessandra Costa e Claudio Torelli; os vice-presidentes de Laboratórios, Darlan Dallacosta e Israel Teixeira; os vice-presidentes de Inspeções, Andre Hernandes, Roberto dos Santos Vidal e Sergio Luiz Custodio; o vice-presidente de Produtos, Marco Roque; o vice-presidente de Telecomunicações, Kim Rieffel; os conselheiros, Wilson Bonato e Paulo Bertolini; o assessor, Antonio Carlos Caio da Silva; a assessora jurídica, Silvanya Condrade, e os sócios da MHD-Capital Executivo, Tânia Macriani e Glauco Lehdermann. É importante ressaltar que cada participante foi responsável pelas suas despesas (hotel, alimentação, transporte etc.).

Já online, estiveram presentes a vice-presidente de ESG, Patricia Falcão Bauer; os vice-presidentes de Sistemas e Pessoas, Rosemary Vianna, José Joaquim A. Ferreira e Adriano Marcon Duarte; o conselheiro, Ricardo Assoni, e o sócio da MHD-Capital Executivo, Lhoji Kotsubo, durante as palestras.

Durante sua palestra, Barroca enfatizou a importância da Infraestrutura da Qualidade e a situação atual dos organismos de certificação na Europa. Também comentou sobre sua percepção da autodeclaração, que isso só funciona eficazmente quando se tem um mecanismo de pós-mercado também efetivo, ainda abordou outros temas relevantes para o segmento.

Em seguida, a gerente de Estratégia e Competitividade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Maria Carolina Correia Marques, fez uma apresentação, fornecendo informações valiosas para o desenvolvimento do Planejamento Estratégico da Abrac.

Na ocasião, Maria Carolina apresentou os resultados de uma sondagem realizada pela CNI sobre a Infraestrutura da Qualidade Industrial. A pesquisa envolveu 1.799 empresas dos setores extrativo e de transformação, além de 332 empresas do setor da construção.

Quanto ao nível de conhecimento sobre as normas técnicas e regulamentos que especificam os requisitos técnicos de seus produtos ou serviços, a pesquisa revelou que 37% das empresas estão cientes de todas as normas e regulamentos, 39% conhecem a maioria, 8% estão familiarizadas com apenas algumas, 2% não têm conhecimento e 14% não souberam responder.

De acordo com a pesquisa, 38% das empresas se mantêm atualizadas sobre as normas técnicas e regulamentos por meio de associações setoriais, federações e sindicatos da indústria, como a Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade.

Para encerrar o ciclo de palestras, a chefe da Divisão de Desenvolvimento de Programas de Acreditação, Andrea Melo, realizou uma apresentação sobre Avaliação da Conformidade acreditada – perspectivas e tendências.

Andrea destacou que os tópicos atuais abordados pela Cooperação Interamericana de Acreditação (IAAC) são: transformação digital, economia circular, escopo flexível e harmonização entre organismos de acreditação.

Além disso, a chefe da Divisão de Desenvolvimento de Programas de Acreditação destacou que para fortalecer institucionalmente em âmbito nacional e internacional, são necessários esquemas de avaliação da conformidade (para auxiliar reguladores nacionais e proprietários de esquemas voluntários), disseminação de conhecimento (por meio de webinars e cursos específicos), normalização (elaboração e revisão de normas), promoção da avaliação da conformidade acreditada (apoio aos organismos de acreditação) e políticas públicas (apoio em estratégias).

Segundo dia

No segundo dia do Planejamento Estratégico, a vice-presidente de Sistemas e Pessoas, Rosemary Vianna, e o vice-presidente de ESG, Alexandre Xavier, uniram-se aos demais participantes. Na oportunidade, os vice-presidentes de cada área fizeram breves apresentações destacando os pontos fortes e fracos, as oportunidades, ameaças e objetivos de suas respectivas áreas.

Para iniciar os trabalhos, o vice-presidente de Telecomunicações, Kim Rieffel, destacou vários pontos fortes, como a credibilidade e excelência técnica das empresas associadas no campo da avaliação da conformidade em telecomunicações, bem como sua expertise e fácil acesso aos benchmarks internacionais para acompanhar e adaptar-se às rápidas mudanças tecnológicas e regulatórias do setor.

Por outro lado, o vice-presidente de Laboratórios, Darlan Dallacosta, mencionou que incentivar a autorregulação em diferentes setores, tanto por parte das empresas quanto dos consumidores, é crucial. Além disso, destacou a importância de estimular o acesso ao mercado externo e a redução de barreiras para a exportação de serviços, bem como promover a criação de linhas de financiamento para a infraestrutura da qualidade. Esses são objetivos estratégicos para a expansão e o fortalecimento de relacionamentos.

De acordo com o vice-presidente de ESG da Abrac, Alexandre Xavier, as oportunidades nessa área incluem a crescente demanda, parcerias estratégicas, necessidade de protocolos padronizados com agilidade, incentivos governamentais e adoção de boas práticas.

Para o representante da vice-presidência de Inspeções, Roberto dos Santos Vidal, os objetivos estratégicos para a expansão e o fortalecimento de relacionamentos na área incluem a ampliação da base de membros, o fortalecimento das parcerias, a participação em fóruns e iniciativas relevantes, a influência nas políticas públicas e a atuação na defesa dos mercados.

A vice-presidente de Sistemas e Pessoas, Rosemary Vianna, destacou, entre os tópicos abordados sobre oportunidades, a importância da informação. Ou seja, a possibilidade de disponibilizar um panorama setorial que aborde as atividades dos comitês técnicos internos da Abrac, além de fornecer informações relevantes sobre o mercado e de interesse dos associados.

Alessandra Costa e Claudio Torelli, ambos vice-presidentes de Relações Institucionais, destacaram alguns dos pontos fortes da Abrac, como o fato de ser a única representante do segmento no país, sua abrangência em todas as atividades econômicas, e o fato de congregar organismos que representam mais de 50% dos certificados emitidos no Brasil, entre outros.

O último a se apresentar foi o vice-presidente de Produtos, Marco Roque, que destacou como pontos fortes da Abrac: a liderança; o número de associados; a qualidade na prestação de serviços; a relação direta com o Inmetro, a Anatel e a Anvisa, além do apoio incondicional ao associado.

Entre os focos prioritários da Associação, os presentes elencaram: energia; infraestrutura (saneamento, transportes, telecomunicações e Smart Cities); saúde; mobilidade; transformação digital (segurança cibernética e inteligência artificial); commodities (agronegócio e mineração); e sustentabilidade, que é transversal a todos os outros temas.

Terceiro dia

Com a presença do presidente da Abrac, Synésio Batista da Costa, o último dia do Planejamento Estratégico foi marcado pela validação final do mapa estratégico, do propósito, da missão, da visão e dos valores, além dos passos para o futuro.

Os objetivos estratégicos para expansão e relacionamento foram alinhados e concluídos em sete tópicos: elaborar programa de desenvolvimento profissional, educação e divulgação; fortalecer parcerias; posicionar a Abrac como referência e diferencial em Infraestrutura da Qualidade; ampliar fontes de receita; definir plano de ampliação da base de associados; e implantar observatório de Infraestrutura da Qualidade.

Já os objetivos estratégicos para eficácia organizacional foram listados em seis tópicos: revisão da estrutura organizacional; plano de estruturação da nova sede; aprimoramento da lógica financeira; definição de estratégias específicas; planejamento antecipado e estruturado da agenda dos colaboradores e vice-presidentes; e definição do plano de revisão do estatuto.

Segundo o presidente da Associação, é crucial que a Abrac reforce sua identidade e sua visão de evolução. “Se falamos de qualidade, precisamos garantir que a ‘dona Maria’ saiba quem é a Abrac e o que fazemos. Nós asseguramos a qualidade do sistema desde o momento em que o cidadão acorda até a hora de dormir”.

Para finalizar, o superintendente, Masao Ito, enfatizou que todas as reuniões foram apenas o começo. “Queria falar um pouco sobre a nossa história. Há exatos 10 anos, realizamos o último Planejamento Estratégico. Passaram-se muitos anos e crescemos muito desde então. Devido à pandemia, não tivemos a oportunidade de realizar um novo até agora. No entanto, o trabalho não terminou; estamos apenas começando uma longa jornada”.

Fonte: Assessoria de imprensa da Abrac